Podcast: Play in new window | Download (Duration: 10:00 — 13.7MB) | Embed
Subscribe: RSS
Podcast (qualidade-32kbps): Play in new window | Download (Duration: 10:00 — 13.7MB) | Embed
Subscribe: RSS
Desde o último programa estamos estudando a profecia das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8. Uma profecia que deixou Daniel muito preocupado. E Deus respondeu dando a interpretação.
Começamos pelas setenta semanas, a primeira parte desses 2.300 anos. Leiamos Daniel 9:24: “Que setenta semanas estavam determinadas sobre o teu povo, e sobre a santa cidade”. Hoje vamos descobrir a obra que deveria ser realizada durante esse tempo.
Como já falamos anteriormente, cada dia em profecia vale um ano. As 70 semanas representariam então 490 anos. Vamos detalhar esse período de tempo.
Após a ordem dada por Artaxerxes no ano 457 AC (Esdras 6:26), para que os Judeus retornassem para Jerusalém, eles teriam um período de sete semanas ou 49 anos para reedificar a cidade de Jerusalém que havia sido destruída pelos babilônicos em torno do ano 605 AC.
Os livros de Esdras e Neemias relatam com detalhes como foi essa reconstrução. Não foi uma tarefa fácil. Eles começaram o trabalho em 457 e terminaram em 409 AC, conforme profetizado.
Já as sessenta e duas semanas, ou 434 anos, começaram em 408 AC e terminaram no ano 27 DC. O que deveria acontecer neste período?
Era plano de Deus que Israel fosse um centro evangelizador do mundo daquela época. Teriam 434 anos para essa tarefa. E não era algo difícil, não. Deus tomara todas as providências e estaria ao lado deles.
Dizem os comentaristas da Bíblia que Deus colocou o povo judeu no centro do mundo daquela época. Todas as principais estradas passavam pelo território da Palestina. O capítulo 65 de Isaías fala do sonho de Deus para Israel. Eles viveriam de forma tão diferente que as nações vizinhas ficariam admiradas com o estilo de vida do povo Judeu. Enquanto os vizinhos sofriam com a mortalidade infantil, as crianças judias seriam fortes e saudáveis. Eu imagino um habitante de um país qualquer passando pelo território da Palestina e num determinado momento veria os animais que na sua terra eram ferozes, ali estariam brincando de forma pacifica. O mínimo que surgiria nesta pessoa seria o sentimento de curiosidade.
No programa de evangelização de Deus o povo judeu receberia um grande reforço, que seria a vinda do Messias. É aí que surge a terceira etapa das 70 semanas.
Leiamos Daniel 9:26 e 27: “Depois das sessenta e duas semanas será cortado o Ungido, e não será mais… Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais”.
A profecia diz que a ultima semana, que conclui o período das setenta semanas, o Ungido seria cortado e na metade da semana, e faria cessar os sacrifícios. Qual é o significado destas declarações?
Vamos relembrar algumas datas. De 457 a 408 AC os judeus deveriam reconstruir Jerusalém. Do ano 408 AC a 27 DC cabia aos judeus evangelizar o mundo, e de 27 a 34 de nossa era, o Messias desenvolveria o ministério dEle. O texto profético diz, porém, que na metade da ultima semana o Ungido seria cortado. Nesse período de sete anos o Ungido, que é Cristo (João 1:41), começaria o Seu trabalho e após três anos e meio (metade da semana) seria tirado.
Sabe o que aconteceu entre os anos 27 a 31? “No ano 27, Jesus recebeu em seu batismo, a unção do Espírito Santo, e pouco depois começou o seu ministério. Foi então proclamada a mensagem: O tempo está cumprido” (Desejado de Todas as Nações pg. 168).
No meio da semana, ou seja, no ano 31, Cristo foi crucificado pelos romanos a pedido da liderança judaica. O evangelista Mateus conta que naquela tarde de sexta-feira enquanto Jesus morria o véu do templo se rasgava em duas partes (Mateus 27:50-51).
Vimos até agora, portanto, 69 semanas. Mas na profecia eram 70 semanas. Restava ainda uma. O que mais poderia acontecer? Basta acompanhar o relato bíblico. Depois da ascensão os discípulos começaram a pregar com toda a intensidade. Anunciavam que Jesus havia ressuscitado e de forma bem clara anunciavam os verdadeiros assassinos do Messias: a liderança religiosa dos judeus. Isto os enraiveceu em muito. A partir do ano 34, com a morte do primeiro mártir cristão, o diácono Estevão, começou uma grande perseguição. “…Pelo ato do Sinédrio Judaico, a nação selou a sua recusa do evangelho, pelo martírio de Estevão e a perseguição aos seguidores de Cristo. Assim a mensagem de salvação, não mais restrita ao povo escolhido, foi dada ao mundo. Os discípulos, forçados pela perseguição, a fugir de Jerusalém, iam por toda a parte, anunciando a palavra” (O Conflito dos Séculos, pg.354)
Assim, amigo ouvinte, se cumpriram as 70 semanas, que fazem parte de grande profecia dos 2.300 anos. Esta primeira parte nos ensinou que Deus sempre está disposto em investir no ser humano. Ele nunca perde a esperança de encontrar alguém que esteja disposto a se envolver no plano de salvar o homem. Infelizmente, Israel falhou.
No próximo programa continuaremos esse assunto.
Pense nisso e, não esqueça: creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.