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No último programa estudamos as 70 semanas, um dos períodos dos dois mil e trezentos anos de Daniel 8:14.
Todo o capítulo dez é a descrição do sofrimento e da tristeza de Daniel e como foi o encontro que teve com um anjo enviado por Deus para explicar a visão do capítulo oito. Nesse capítulo Deus revelou a Daniel o que estava acontecendo por trás dos bastidores. O anjo contou da luta de Deus para influenciar o rei da Pérsia a promulgar o decreto autorizando o povo Judeu a voltar para Jerusalém. É um capítulo que ilustra muito bem o grande conflito entre Cristo e Satanás. Satanás querendo que o povo vivesse como cativo e Deus querendo que o povo dEle voltasse a viver uma vida livre. Já o capítulo onze descreve as guerras que ocorreriam entre os Medos e Persas e a Grécia.
Ainda não terminamos o estudo da profecia das 2300 tardes e manhãs. Vimos apenas a primeira parte, que é composta de setenta semanas. Ainda restam 1810 anos. A tarefa que temos, a partir deste momento, é descobrir o que estava profetizado para este grande período, e o que de fato aconteceu durante todo este tempo.
Vamos ler então Daniel 12:11: “Desde o tempo que o continuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”.
No capitulo dez é revelado a Daniel que o que ele estava ouvindo iria acontecer há muitos e muitos anos no futuro. Temos que lembrar que esta profecia foi feita em torno do “ano 534 AC.”(Bíblia de Thompson). No ano 34 de nossa era a profecia menciona a retirada do sacrifício contínuo e o início de uma abominação desoladora por 1.290 anos. Ou seja, Cristo não seria mais o único Intercessor como é apresentado em I Timóteo 2:5. Seres humanos, líderes religiosos, assumiriam a função de intercessores ou mediadores.
Essa substituição de Cristo por um falso sistema de adoração foi sendo implantada aos poucos e a história registra que entre os anos 503 a 508 o sistema religioso dominante estava com uma forma mais definida.
Entre 498 e 514 DC o papa Símaco teve uma divergência com seu rival, chamado Lorenzo. Afirmou então que ele “era juiz como vigário de Deus, e que não podia ser julgado por nada. Enódio, bispo de Pávia, havia consignado em um livro a pretensão de que o líder da igreja romana estava acima de toda a jurisdição temporal ou espiritual. Este livro foi lido no sínodo e adotado por unanimidade de votos como expressão do concílio. O rei Teodorico também concordou com esta decisão. Isto sucedeu em novembro de 503” (Los videntes y lo Porvenir, pg. 285). “Este ato”, afirmam os historiadores, “foi um decreto oficial de um concílio eclesiástico realizado em Roma em 503 AD., pelo qual foi declarado que como substituto de Deus, o papa era juiz, e não podia ser julgado por pessoa alguma”. (Councils, de Hardouin; Councils, de Lable em Cossart, citado em Estudos Biblicos – terceira edição pg. 217). “Então, pois, os bispos reunidos se declararam incompetentes para julgar o papa, e o reconheciam como o primado e o juiz de todos” (História de la Igreja Católica, pg. 856).
“Nesta época, Clóvis ou Clodoveu, rei dos Francos, influenciado por sua esposa cristã, por nome de Clotilde, aceitou o cristianismo e se tornou um grande defensor do mesmo. Liderou grandes campanhas contra reinos hostis ao bispo de Roma” (Daniel a Apocalipse – Vilmar Gonzaléz, pg.67). “No ano 508 a França se converte ao Catolicismo. Clóvis, rei dos Francos, é batizado” (Profecia Bíblica – José Carlos Ramos pg. 55).
Através destes relatos históricos podemos chegar a seguinte conclusão: o bispo de Roma recebeu todo o poder eclesiástico e religioso no ano 503 e recebeu todo o apoio político no ano 508, quando pelo esforço do rei Teodorico, não havia mais ninguém que se opusesse a autoridade do líder máximo da igreja.
Agora quero convidá-lo a fazer um pequeno exercício de matemática. Somando 508, que foi a data que recebeu o apoio político, mais 1290, nós chegamos ao ano de 1798. Durante este período, o que esteve aconteceu?
Impressionante como a profecia se cumpriu ao pé da letra. O bispo de Roma ficou com todo o poder, além do controle interno da igreja. Ninguém podia julgá-lo e tinha todo o poder civil. Estava o caminho aberto para o que é chamado na história mundial de “a supremacia papal”. De 508 a 1798 o bispo de Roma, fez o quis com as pessoas. A Bíblia, o ministério de Cristo no santuário celestial, a adoração, bem como a lei de Deus foram deixados de lado. Aconteceram memoráveis perseguições contra os que liam a Bíblia. Os que se preocupavam em ser fiéis a Deus eram chamados de hereges e condenados à tortura e morte. A igreja vendia lugares no céu em troca de propriedades e riquezas.
Como havia sido profetizado por Daniel, o período dos mil duzentos e noventa anos foi marcado pela violência e desprezo para com a palavra de Deus.
Amigo ouvinte, esta é uma verdade que muitos não gostariam que ela existisse. Mas a história está aí para confirmar esse triste período vivido pela humanidade, especialmente entre 508 e 1798.
A única verdade – a da Bíblia – praticamente foi destruída. Sobraram bem poucos que ainda permaneciam fiéis à Palavra de Deus. Estes, para sua proteção, estavam espalhados nos lugares mais solitários da terra. Eram considerados como pessoas perigosas pela Igreja. Os Valdenses, no interior da Itália, sobreviveram pela graça e misericórdia de Deus.
Mas, dentro da profecia, nem tudo estava perdido. Haveria uma virada. A verdade seria restabelecida. E este vai ser nosso estudo no próximo programa.
Até lá e lembre-se de crer no Senhor Deus para estar seguro e nos profetas dEle para prosperar.